Para onde caminham as energias renováveis?

7 out. 2025

Para onde caminham as energias renováveis?

Com o Expresso como media partner, no final desta semana realiza-se nova edição da conferência anual da APREN - Associação Portuguesa de Energias Renováveis dedicada ao sector, a "Portugal Renewable Energy Summit". As novidades, as políticas a serem desenvolvidas e as tendências nacionais e globais serão analisadas


As energias renováveis nunca estiveram tão presentes no nosso dia a dia, fruto também de um investimento em que Portugal foi pioneiro globalmente e que colocaram fontes de produção como a solar, a eólica e agora o biometano, por exemplo, no centro da política energética do país. E a expectativa é que este desígnio não só se mantenha, mas que seja reforçado.

Segundo as metas do Plano Nacional de Energia e Clima 2030 - principal instrumento de política energética e climática de Portugal para a década 2021-2030 e que tem vindo a ser atualizado - aponta-se a uma redução das emissões de gases com efeito de estufa em 55% até 2030, em relação a 2005, um aumento da quota de energias renováveis no consumo final bruto de energia para 51%, assim como uma subida da percentagem de incorporação de renováveis nos transportes para 29%, entre outras medidas.

 

76,9%

dos 33.107 GWh de eletricidade gerados em Portugal Continental entre 1 de janeiro e 31 de agosto de 2025 tiveram origem renovável

 

Uma das tendências a ser exploradas é o armazenamento de energia, com Patrick Clerens, secretário-geral da EASE ("The European Association for Storage of Energy"), a explicar que "a Europa está a assistir a um número crescente de concursos para projetos de armazenamento de energia de longa duração, dando impulso à implementação e à inovação". O sector terá "um papel importante a desempenhar para tornar a indústria europeia mais eficiente e competitiva”, porque “pode reduzir os preços da eletricidade ao permitir tirar partido dos períodos de preços mais baixos de energia”. Armazenar “energia térmica pode fornecer calor ou recolher calor residual, melhorando a eficiência energética e reduzindo as emissões”, acrescenta.

Mas é inegável que subsiste algum ceticismo em certas camadas da economia e da população, que olham para situações como o apagão deste ano, e questionam a preponderância (ou não) das renováveis no aumento de instabilidade do sistema, fruto também de algumas informações descontextualizadas. Mudança de paradigma que urge também esclarecer, sobretudo numa altura em que países relevantes nas emissões e produção energética (com EUA à cabeça) ameaçam reverter este caminho, apesar do sinal positivo dado recentemente pela China na cimeira da ONU, ao assumir pela primeira vez uma meta de redução de emissões.

 

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